sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Exaltação Pessoal

"Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo. Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros." (Filipenses 2:3,4)

O objetivo final do homem é glorificar a Deus e desfrutar da Sua presença para sempre (esta é a declaração de fé de Westminster). Deus nos criou para sua glória (Isaías 43.6,7). Em Efésios 1.5-14, Paulo afirma três vezes que fomos criados e redimidos para a glória de Deus. No entanto, só será possível glorificarmos a Deus se permanecermos centralizados nele, e não em nós mesmos.

Nós, por natureza, somos criaturas místicas. Se não adorarmos a Deus e O glorificarmos, logo descobriremos qualquer coisa para adorar... Por isso que, tendo conhecido a Deus, não O glorificaram como Deus, nem Lhe renderam graças. Mas os seus pensamentos tornaram-se fúteis e o coração insensato deles obscureceu-se. Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos e trocaram a glória de Deus imortal por imagens feitas segundo a semelhança do homem mortal, bem como de pássaros, quadrúpedes e répteis (Romanos 1.21-23). 

O homem e a mulher descobriram que adorar a si mesmos é autogratificante. Ficamos iludidos ao fato de que o "evangelho da auto-realização" tem substituído o Evangelho bíblico da salvação. Neste momento do "importante é que eu esteja bem", o Cristianismo tem sido muitas vezes apresentado como um método de levantar a auto-estima, como forma de aumentar a longevidade, ou como meio de se conseguir sucesso e bem-estar pessoais. É de se esperar que tudo isso cause influências ultra negativas à família.

A vida cristã não é nada disso. É uma vida de eventuais aflições para a glória de Deus. Não é autoflagelamento, mas também não é só felicidade. Paulo nos avisa em 2 Timóteo 3.12, que seremos perseguidos se quisermos viver em Cristo, e em Romanos 8.17, que para sermos glorificados com Cristo temos que padecer com Ele.

As palavras de Paulo são simplesmente inexplicáveis para nós que nos preocupamos com nos mesmos. Só é possível compreendê-las e aceitá-las se nos transformarmos de um aspecto centralizado em nós mesmos para uma perspectiva centralizada em Deus. Algumas vezes, nossa natureza auto centralizada se revela de formas muito sutis. Essa é uma das armas que ameaçam a Família de Deus. Glorificação da criatura, ao invés do Criador.

Ana Maria

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